A Reciclagem desempenha um papel indispensável na promoção de práticas sustentáveis, mitigando o impacto dos resíduos nos recursos naturais. A reciclagem de materiais como plástico, papel, vidro e metal ajuda a reduzir a quantidade de lixo que chega aos aterros sanitários e diminui a necessidade de extrair novos recursos do meio ambiente. Além disso, a reciclagem economiza energia e reduz as emissões de gases de efeito estufa, impactando positivamente o meio ambiente.

Em 2005, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) instituiu o dia 17 de maio como o Dia Mundial da Reciclagem, com o objetivo de sensibilizar e promover a reciclagem de todo o tipo de resíduos, especialmente os plásticos. Atualmente, passados quase 20 anos, o plástico continua a ser um dos resíduos mais problemáticos, uma vez que tem uma elevada capacidade poluente, por envolver uma degradação e decomposição lenta.

Afinal, o que é o plástico?

“Os plásticos são materiais constituídos por polímeros, ou seja, longas cadeias de moléculas repetitivas, geralmente derivadas do petróleo e de outros hidrocarbonetos. Estas substâncias caracterizam-se pela sua grande capacidade de serem moldadas e adaptadas a várias formas através de processos que incluem o aquecimento e o aumento da pressão.” (National Geographic Portugal).

Que tipos de contaminantes contêm os plásticos?

Os plásticos contêm na sua composição químicos como os ftalatos, que contribuem para a melhoria da flexibilidade e a durabilidade do plástico, ou o bisfenol A (BPA), utilizado no fabrico de plásticos duros e resinas epóxi., que são aditivos que podem afetar negativamente tanto o ambiente como a própria saúde humana.

Como é que os plásticos se degradam e quanto tempo demoram?

Os processos que envolvem a degradação dos plásticos podem ser físicos, químicos e biológicos, consistindo em processos lentos e que variam consoante o tipo de plástico e as condições ambientais em que se encontram. “Os plásticos mais comuns, como o polietileno ou o polipropileno, podem demorar entre 500 e 1 000 anos a degradarem-se totalmente em aterros ou em ambientes naturais, devido à sua resistência composicional.” (National Geographic Portugal).

Qual o impacto do plástico no mar?

Os plásticos, especialmente os microplásticos poluem os oceanos, rios e lagos, afetando tanto a qualidade da água como a saúde dos ecossistemas aquáticos. Dada a dimensão destes microplásticos, estes podem ser “ingeridos por organismos marinhos, desde o plâncton até aos grandes mamíferos, acumulando-se assim na cadeia alimentar e causando efeitos tóxicos e físicos nos animais.” (National Geographic Portugal).

Para além disto, a presença de plásticos no mar pode obstruir cursos de água, afetar a navegação e infligir danos nos habitats naturais.

Em termos de percentagem de plástico existente no mar, “estima-se que existam atualmente mais de 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos, com mais de oito milhões de toneladas adicionadas todos os anos.” (National Geographic Portugal).

Relativamente à temática da Reciclagem, o site da Sociedade Ponto Verde disponibiliza informação diversa, esclarecimentos de eventuais dúvidas relacionadas com a separação seletiva, assim como a criação de várias atividades no incentivo à Reciclagem.

Prolongar o ciclo de vida das embalagens, tornando-as objetos valiosos mesmo depois de usadas, depende apenas da separação das embalagens, que começa nas nossas casas.

Algumas dicas para reciclar mais e melhor:

• Não precisa de lavar as embalagens antes de as colocar no ecoponto;
• Deve espalmar as embalagens para otimizar espaço no seu ecoponto;
• As latas de conserva devem ser colocadas no ecoponto amarelo;
• Os guardanapos e papel de cozinha devem ser colocados no lixo indiferenciado;
• Não precisa de retirar os rótulos das suas embalagens quando as coloca no ecoponto;
• Os pacotes de bebidas devem ir para o ecoponto amarelo;
• Se uma embalagem for constituída por vários materiais e não for possível separá-los, pode colocar no ecoponto do material predominante;
• Os copos de vidro partidos devem ser depositados no lixo indiferenciado;
• O esferovite deve ser colocado no ecoponto amarelo.

“O melhor resíduo é aquele que não existe.”

Fontes:  Sociedade Ponto Verde; National Geographic Portugal.

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