A cada ano, a humanidade consome mais recursos naturais do que a Terra consegue regenerar. A isto chama-se défice ecológico — e já é uma realidade há décadas.
Este desequilíbrio é simbolicamente representado pelo chamado Dia da Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day), que marca o momento em que, teoricamente, esgotámos o “orçamento” anual de recursos biológicos do planeta.
O que significa viver em défice ecológico?
Imagine que a Terra funciona como uma conta bancária de recursos naturais. A cada extração, emissão ou consumo, fazemos um levantamento. Quando a biocapacidade do planeta é ultrapassada, entramos em descoberto ecológico.
Este ciclo repete-se ano após ano, com impactos cumulativos:
- Perda de solos férteis
- Escassez de água
- Diminuição da biodiversidade
- Desequilíbrio climático

Porque estamos neste cenário?
O modelo económico dominante assenta num crescimento contínuo e intensivo, muitas vezes dissociado da regeneração dos sistemas naturais.
Além disso:
- Consumimos recursos mais depressa do que eles conseguem regenerar
- Produzimos resíduos mais rapidamente do que o planeta consegue absorver
- Vivemos com uma pegada ecológica que exige 1,8 Terras para ser sustentável
Como se calcula este desequilíbrio?
A Pegada Ecológica é um indicador que mede o uso humano de áreas biologicamente produtivas (florestas, campos agrícolas, zonas de pesca, etc.) e compara-o com a biocapacidade do planeta — a sua capacidade de regenerar esses mesmos recursos e absorver os resíduos.
Quando a pegada excede a biocapacidade, temos défice ecológico.
É possível inverter esta tendência?
Sim. Segundo a associação ZERO, mudanças estruturais podem fazer a diferença:
- Aplicar políticas como um “Green New Deal” ambicioso → adiaria significativamente o défice ecológico
- Taxar o carbono (100 USD por tonelada) → redução significativa de emissões
- Alterações nos padrões alimentares (redução de 50% do consumo de carne) → ganhos ecológicos diretos
E o setor empresarial? Qual o papel das empresas privadas?
As empresas são responsáveis por grande parte do consumo de recursos e emissões — mas também estão numa posição privilegiada para liderar a transição:
- Melhorando a eficiência dos processos
- Reduzindo o uso de recursos não renováveis
- Implementando práticas de economia circular
- Planeando com base em critérios ESG e sustentabilidade de longo prazo
Como a SINAMBI pode apoiar
A SINAMBI acompanha empresas privadas há mais de 8 anos com soluções técnicas, legais e estratégicas para:
- Calcular e reduzir a pegada ecológica e carbónica
- Integrar práticas regenerativas e de baixo impacto
- Acompanhar metas ESG e relatórios de sustentabilidade
- Adaptar operações ao contexto climático e regulamentar
Se a sua empresa quer operar dentro dos limites do planeta — fale connosco.