Estamos a viver acima da capacidade da Terra — o que isso revela e como podemos reagir

A cada ano, a humanidade consome mais recursos naturais do que a Terra consegue regenerar. A isto chama-se défice ecológico — e já é uma realidade há décadas.

Este desequilíbrio é simbolicamente representado pelo chamado Dia da Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day), que marca o momento em que, teoricamente, esgotámos o “orçamento” anual de recursos biológicos do planeta.

O que significa viver em défice ecológico?

Imagine que a Terra funciona como uma conta bancária de recursos naturais. A cada extração, emissão ou consumo, fazemos um levantamento. Quando a biocapacidade do planeta é ultrapassada, entramos em descoberto ecológico.

Este ciclo repete-se ano após ano, com impactos cumulativos:

  1. Perda de solos férteis
  2. Escassez de água
  3. Diminuição da biodiversidade
  4. Desequilíbrio climático

Porque estamos neste cenário?

O modelo económico dominante assenta num crescimento contínuo e intensivo, muitas vezes dissociado da regeneração dos sistemas naturais.

Além disso:

  1. Consumimos recursos mais depressa do que eles conseguem regenerar
  2. Produzimos resíduos mais rapidamente do que o planeta consegue absorver
  3. Vivemos com uma pegada ecológica que exige 1,8 Terras para ser sustentável

Como se calcula este desequilíbrio?

A Pegada Ecológica é um indicador que mede o uso humano de áreas biologicamente produtivas (florestas, campos agrícolas, zonas de pesca, etc.) e compara-o com a biocapacidade do planeta — a sua capacidade de regenerar esses mesmos recursos e absorver os resíduos.

Quando a pegada excede a biocapacidade, temos défice ecológico.

É possível inverter esta tendência?

Sim. Segundo a associação ZERO, mudanças estruturais podem fazer a diferença:

  1. Aplicar políticas como um “Green New Deal” ambicioso → adiaria significativamente o défice ecológico
  2. Taxar o carbono (100 USD por tonelada) → redução significativa de emissões
  3. Alterações nos padrões alimentares (redução de 50% do consumo de carne) → ganhos ecológicos diretos

E o setor empresarial? Qual o papel das empresas privadas?

As empresas são responsáveis por grande parte do consumo de recursos e emissões — mas também estão numa posição privilegiada para liderar a transição:

  1. Melhorando a eficiência dos processos
  2. Reduzindo o uso de recursos não renováveis
  3. Implementando práticas de economia circular
  4. Planeando com base em critérios ESG e sustentabilidade de longo prazo

Como a SINAMBI pode apoiar

A SINAMBI acompanha empresas privadas há mais de 8 anos com soluções técnicas, legais e estratégicas para:

  1. Calcular e reduzir a pegada ecológica e carbónica
  2. Integrar práticas regenerativas e de baixo impacto
  3. Acompanhar metas ESG e relatórios de sustentabilidade
  4. Adaptar operações ao contexto climático e regulamentar

Se a sua empresa quer operar dentro dos limites do planeta —  fale connosco.

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