De acordo com um balanço feito pela REN – Redes Energéticas Nacionais, no ano de 2019, 51% da energia elétrica consumida a nível nacional foi produzida por fontes renováveis, sendo que 27% corresponde a energia eólica, representando o valor mais elevado de sempre, seguindo-se a hidroelétrica com 17%, a biomassa com 5,5% e a fotovoltaica com 2,1%.
Por outro lado, a produção não renovável abasteceu, no ano de 2019, 42% do consumo, repartida pelo gás natural com 32% e pelo carvão com 10%, representando a quota mais baixa do carvão desde a entrada em serviço pleno da central de Sines, em 1989.
A energia solar fotovoltaica foi, de acordo com a REN, a fonte que mais cresceu no ano passado, tendo ultrapassado pela primeira vez o valor de um terawatt-hora (TWh) de produção anual.
As associações Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável e a APREN-Associação Portuguesa de Energias Renováveis destacam ainda que o ano de 2019 ficou marcado, pelo compromisso assumido por Portugal no Acordo de Paris, em alcançar uma economia neutra em carbono até 2050 (criação do Roteiro para a Neutralidade Carbónica para 2050, um documento que define o compromisso e estratégia nacional de longo de prazo, rumo à neutralidade carbónica do país em 2050).
Neste combate premente às alterações climáticas 2019 ficou também marcado pelo leilão de energia solar e pelo anúncio do final das centrais a carvão até 2023.
No que respeita a perspetivas para 2020, estas associações acreditam que este ano assinalará o início de uma estratégia em que a neutralidade carbónica se vai começar a fazer sentir, prevendo-se que até 2030 seja concretizado o PNEC 2030 – Plano Nacional de Energia e Clima, no qual Portugal se compromete a atingir uma incorporação renovável na eletricidade de 80%.