Um relatório divulgado pela organização WWF Internacional, em parceira com o Centro Tyndall para Mudanças Climáticas da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, faz uma projeção dos impactes das alterações climáticas em mamíferos, aves, répteis e anfíbios existentes nas áreas naturais mais importantes, como a Amazónia e as Galápagos.
O estudo Vida Selvagem em um Mundo Cada Vez mais Quente, concluiu que estão em risco de extinção cerca de 80 mil espécies de plantas e animais em 35 das áreas mais diversas e naturalmente ricas em vida selvagem do mundo, caso as emissões de carbono continuem a subir descontroladamente. E que “Mesmo que o objetivo de 2°C estabelecido no Acordo de Paris seja atingido, esses lugares podem perder 25% das suas espécies”, isto porque a maioria das plantas, anfíbios e répteis, não se podem se mover rápido o suficiente para acompanhar essas mudanças climáticas.
Para chegar a estes resultados a WWF analisou 35 áreas consideradas prioritárias pois “contêm os ecossistemas e habitats mais excepcionais do mundo e que têm sido identificadas cientificamente como “os lares” insubstituíveis e ameaçados da biodiversidade, e/ou apresentam uma oportunidade de conservar a maior e mais intacta representação de seu ecossistema”.
“Os dados do estudo são alarmantes e as consequências estão cada vez mais próximas. Para garantir a sobrevivência das espécies, é fundamental diminuirmos as emissões globais, com mais ambição nas metas do Acordo de Paris, reduzirmos a pressão sobre as florestas, aumentarmos as áreas de proteção ambiental e de conectividade entre elas. Sem isso, a biodiversidade está em risco e a nossa qualidade de vida também”, salienta Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil.
É imperioso travar o aumento do aquecimento global!